quarta-feira, 20 de junho de 2012

Histórias Insólitas: o segredo dos labirintos.

O labirinto é um símbolo muito antigo e presente em várias culturas e sociedades há muito tempo.
O traçado sinuoso que o representa exige normalmente uma grande engenhosidade para encontrar a saída. O labirinto é o símbolo da vida e dos seus meandros. O labirinto tem sempre uma entrada e uma saída, mas entre uma e outra são muitas as provações que esperam o audacioso que nele se aventura. O labirinto representa uma metáfora da condição humana entre o nascimento e a morte, com as suas desgraças e os seus êxitos. Ele nos ensina muito sobre nós mesmos.


A mais antiga evocação escrita do labirinto encontra-se na Grécia Antiga e na lenda do Minotauro, apesar de terem sido descobertas representações do labirinto que datam da época da pré-história.


Assim, na mitologia grega, dizem que Dédalo construiu um labirinto para prender para sempre o Minotauro. Esse monstro sanguinário e fabuloso, com corpo de homem e cabeça de touro, aterrorizava nessa época Creta. Ele foi aprisionado no labirinto por Dédalo, a mando do rei Minos.


O Minotauro foi morto por Teseu. Este queria acabar com o sacrifício de sete rapazes e sete moças que eram regularmente entregues ao Minotauro. Foi o tributo exigido por Minos depois da sua vitória sobre Atenas. Teseu, o ateniense, decidiu matar o Minotauro.


Graças ao novelo de lã dado por Ariadne, filha de Minos e apaixonada por Teseu, ele entrou no labirinto, matou o Minotauro e saiu, fugindo depois com Ariadne e os jovens destinados ao sacrifício.



Um símbolo amplamente divulgado


A lenda do labirinto e do Minotauro foi a primeira história no mundo a abordar o tema do labirinto e a necessidade de utilizar as suas próprias capacidades naturais para sair do labirinto da existência material.


Desde a Grécia Antiga, o labirinto foi utilizado muitas vezes e em muitas tradições para representar o difícil caminho que é preciso seguir na existência, assim como a necessidade de ultrapassarmos os nossos limites para vencermos os obstáculos e sairmos do nosso próprio labirinto.


Quer seja na forma de verdadeiros labirintos vegetais ou arquiteturais, quer seja através de evocações na literatura, na arte, em videogames ou no cinema… o labirinto é muitas vezes utilizado como símbolo. Deste modo, podemos encontrá-lo tanto na Catedral de Chartres, como nas pirâmides do Egito Antigo, no palácio de Cnossos, em Creta, ou nos Jardins do Tempo da realeza francesa.



Escapar graças às suas capacidades naturais


O labirinto aparece sempre na forma de um trilho sinuoso, composto por pistas verdadeiras e pistas falsas. Para encontrar a saída, é imprescindível utilizar várias qualidades: inteligência, perspicácia, sentido de observação, memória… Também é necessário utilizar muitos sentidos: a visão, o olfato, a audição, o tato… para conseguir chegar ao centro da verdade e sair.


No centro do labirinto, encontra-se o objetivo supremo que é muitas vezes representado por um símbolo, como a Jerusalém celeste, um caractere sagrado, uma rosácea, uma cruz… Frequentemente, no centro do labirinto, se encontra também um vazio que significa que cada um poderá encontrar o que ali veio buscar, ou então, poderá ter uma revelação relativa ao que procura.



Uma porta de acesso a nós próprios ou a um lugar escondido.


Um labirinto é muitas vezes uma porta de entrada ou de acesso a um lugar sagrado, acessível apenas àqueles que são dignos de atravessá-la. Dito de outra forma, só as pessoas que têm virtudes suficientes, como a coragem, a honestidade, a generosidade, a humildade ou o espírito de sacrifício conseguirão vencer as dificuldades materiais e espirituais que encontrarão no labirinto para chegar ao centro da verdade que ele protege.



A contemplação do labirinto


Em cima e abaixo, encontrará duas formas de labirintos entre as mais correntes. Elas são muito parecidas com as mandalas budistas, que são representações simbólicas quer servem para meditar através da visualização dos desenhos, geralmente representados de forma geométrica.

 

Aliás, basta fitar um ou outro para descobrir a função espiritual do labirinto ou da mandala: a elevação da consciência daquele que os utiliza para meditar.
 
 


Um suporte de meditação


Observe agora um dos dois labirintos. Basta que se concentre o suficiente para que estes labirintos hipnotizem você rapidamente.


Ao fim de algum tempo, sentirá uma paz suave invadir o seu corpo. Com um pouco de prática, poderá se encontrar em um estado de consciência superior àquele em que se encontra no cotidiano.


Se consultar as imagens de mandalas búdicas na Internet, em livros ou em revistas, verá facilmente a semelhança de muitas delas com os labirintos.


Sua função é a mesma: aceder a outros níveis de consciência para se aperceber da relatividade da realidade cotidiana e descobrir as verdades profundas sobre a existência, assim como as suas capacidades interiores.


Pratique regularmente a visualização/meditação  com labirintos ou mandalas e evoluirá mais rapidamente.


Atingirá a paz de espírito e encontrará soluções para os seus problemas mais facilmente, ao mesmo tempo que terá uma maior vitalidade.

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