quarta-feira, 21 de julho de 2010

Fábulas!!!!

UMA MANEIRA DE COMPREENDER O SIGNIFICADO DA PAZ PROFUNDA
Havia um Rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar em uma pintura a Paz Profunda.
Muitos artistas apresentaram suas telas.
O Rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e teve de escolher entre ambas.
A primeira era um lago muito tranqüilo. Este lago era um espelho perfeito onde se refletiam plácidas montanhas que o rodeavam. Sobre elas encontrava-se um Paraíso muito azul com tênues nuvens brancas.
Todos os que olharam para esta pintura pensaram que ela refletia a Paz Profunda.
A segunda pintura também tinha montanhas. Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação. Sobre elas havia um Paraíso tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com relâmpagos e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isto se revelava nada pacífico.
Mas, quando o Rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Neste arbusto encontrava-se um ninho. Ali, em meio ao ruído da violenta turbulência da água, estava um passarinho placidamente sentado no seu ninho... Em Profunda Paz!
O Rei escolheu a segunda tela e explicou: — PAZ PROFUNDA não significa estar em um lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo para realizar ou livre das dores e das tentações da encarnação. PAZ PROFUNDA significa que, apesar de se estar em meio a tudo isso, permanecemos calmos e confiantes no SANTUÁRIO SAGRADO do NOSSO CORAÇÃO. Lá encontraremos a Verdadeira PAZ PROFUNDA. Em SILENCIOSA MEDITAÇÃO.
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AHMAD MUSSAIN E O IMPERADOR
O Imperador Mahmud El-Ghazna passeava um dia com o sábio Ahmad Mussain, que tinha reputação de ler pensamentos. O Imperador, há algum tempo, vinha tentando que o sábio fizesse diante dele uma demonstração de sua capacidade. Como Ahmad se recusava a fazer a sua vontade, Mahmud havia decidido recorrer a um ardil para que o sábio, sem o perceber, exercesse seus extraordinários dotes na sua presença.
— Ahmad — chamou o Imperador.
— Que desejas, Senhor?
— Qual é o ofício do homem que está perto de nós?
— É um carpinteiro.
— Como se chama?
— Ahmad, como eu.
— Será que comeu alguma coisa doce recentemente?
— Sim, comeu.
Chamaram o homem e ele confirmou tudo o que o sábio havia dito. — Tu — disse o Imperador — te recusaste a fazer uma demonstração dos teus poderes na minha presença. Percebeste que te forcei, sem que o notasses, a demonstrar tua capacidade, e que o povo te transformaria num santo se eu contasse em público as revelações que me fizeste? Como é possível que continues ocultando a tua condição de sufi e pretendas passar por um homem qualquer?
— Admito que posso ler pensamentos — concordou Ahmad — mas o povo não percebe quando faço isso. Minha dignidade e meu amor-próprio não me permitem exercer esse dom com propósitos frívolos. Por isso meu segredo continua ignorado.
— Mas admites que agora mesmo acabas de usar teus poderes?
— Não, absolutamente não.
— Então como pudeste responder minhas perguntas acertadamente?
— Facilmente, Senhor. Quando me chamaste, esse homem virou a cabeça, o que me indicou que seu nome era igual ao meu. Deduzi que era carpinteiro porque, neste bosque, só dirigia o olhar para árvores aproveitáveis. E sei que acabara de comer alguma coisa doce, porque vi que estava espantando as abelhas que procuravam pousar nos seus lábios. Lógica, meu Senhor. Nada de dons ocultos ou especiais.
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OS DONS DE DEUS
Um dia, um homem entrou numa loja e, estupefato, viu um anjo atrás do balcão.
Maravilhado com aquela visão, perguntou: "- Anjo, o que vendes?"
O anjo respondeu: "- Todos os dons de Deus."
O homem voltou a perguntar: "- E custam caro?"
E a resposta do anjo foi: "- Não. É de graça .. é só escolher."
O homem, todo feliz, olhou para toda a loja e viu jarras de vidro de fé, pacotes de sabedoria, caixas de felicidade ... Não estava acreditando que poderia adquirir tudo aquilo.
"- Por favor, embrulhe para mim, muito amor de Deus, bastante felicidade, abundante perdão d'Ele, amor ao próximo, paciência, tolerância..."
O anjo anotou o pedido e foi separar os produtos. Ao retornar, entregou-lhe vários pacotinhos, que cabiam na palma da mão do homem. Espantado, ele indagou: "- Como pode você me dar apenas esses pacotinhos?! Eu quero levar uma grande quantidade dos dons de Deus."
O anjo respondeu: "- Querido amigo, na loja de Deus nós não vendemos frutos. Apenas sementes."
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O CISNE CONFUNDIDO COM O GANSO
Um homem muito rico alimentava um ganso e um cisne juntos, ainda que com diferentes finalidades: um era para o canto e outro para a mesa. Quando chegou a hora para a qual era alimentado o ganso, era de noite e a escuridão não permitia distinguir entre as duas aves. Capturado o cisne em lugar do ganso, entoou seu belo canto prelúdio de morte. Ao ouvir sua voz, o amo o reconheceu e seu canto o salvou da morte. Antes de tomar uma ação sobre outro, seja para beneficiar ou prejudicar, primeiro devemos nos assegurar de sua verdadeira identidade.
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A VÍBORA E A RAPOSA
Arrastava a corrente de um rio a uma víbora enroscada em uma marrana de espinhos.
Observava a passagem uma raposa que descansava e exclamou:
- Para tal classe de barco, tal piloto!
Homens perversos sempre se ligam a ferramentas perversas.
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O BOI E O BEZERRO
Vendo a um boi trabalhando, uma bezerra que só descansava e comia se condoeu de sua sorte, alegrando-se com a dela. Porém, chegou o dia de uma solenidade religiosa e, enquanto o boi ficava a um lado, apanharam a bezerra para sacrificá-la. Vendo o sucedido, o boi sorrindo, disse: - Veja, bezerra, já sabes porque tu não tinhas que trabalha:
- É que estavas reservada para o sacrifício!
Não te ufanes da ociosidade, pois nunca sabes que mal traz oculto.
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A CABRA E O ASNO
Uma cabra e um asno comiam ao mesmo tempo no estábulo. A cabra começou a invejar o asno porque acreditava que ele estava melhor alimentado, e lhe disse:
- Tua vida é um tormento inacabável. Finge um ataque e deixa-te cair num fosso para que te dêem umas férias.
Aceitou o asno o conselho, e deixando-se cair, machucou todo o corpo.
Vendo-o o amo, chamou o veterinário e lhe pediu um remédio para o pobre. Prescreveu o curandeiro que necessitava uma infusão com o pulmão de uma cabra, pois era muito eficiente para devolver o vigor. Para isso então degolaram a cabra e assim curasse o asno.
Em todo plano de maldade, a vítima principal sempre é seu próprio criador.
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O CAMELO E ZEUS
Sentia o camelo inveja dos cornos do touro, e quis obter uns para si. Para isso foi ver Zeus, pedindo-lhe que lhe desse chifres semelhantes. Mas Zeus, indignado de que não se contentara com seu grande tamanho e força, não só lhe negou dar os chifres, mas também lhe cortou uma parte das orelhas.
A inveja não é boa conselheira. Quando quiseres melhorar em algo, faz com teu esforço e por teu desejo de progredir, e não porque teu vizinho o tenha.
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O CAMELO VISTO PELA PRIMEIRA VEZ
Quando os humanos viram o camelo pela primeira vez, se assustaram e, atemorizados pelo seu grande tamanho, fugiram. Porém, passado o tempo e vendo que era inofensivo, ficaram valentes e se aproximaram dele. Logo vendo que o animal não conhecia a cólera, chegaram a domesticá-lo a ponto de colocar-lhe cabresto, deixando que as crianças o conduzissem.
É natural que ao desconhecido tratemos sempre com receio e prudência. Depois de várias observações poderemos ter um juízo melhor.
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O CAVALO E O SOLDADO
Um soldado, durante uma guerra, alimentou com cevada a seu cavalo, seu companheiro de esforços e perigos. Mas, acabada a guerra, o cavalo foi empregado em trabalhos servis e para transportar pesadas cargas, sendo alimentado unicamente com palha. Ao se anunciar uma nova guerra, e ao som da trombeta, o dono do cavalo o aparelhou, armou-se e montou em cima. Mas o cavalo exausto, caía a cada momento. Por fim disse a seu amo:
-Vai-te, pois que de cavalo que era me converteste num asno. Como queres fazer agora de um asno um cavalo?
Nos tempos de bem-estar, devemos nos preparar para as épocas críticas.
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O CAVALO E O ASNO
Um homem tinha um cavalo e um asno. Um dia que ambos iam à cidade, o asno, sentindo-se cansado, disse ao cavalo:
-- Toma uma parte de minha carga se te interessa minha vida.
O cavalo, fazendo-se de surdo, não disse nada e o asno caiu vítima de fadiga e morreu ali mesmo. Então o dono passou toda a carga para cima do cavalo, inclusive a pele do asno, e o cavalo, suspirando. disse:
--Que má sorte tenho! Por não ter querido carregar um fardo leve, agora tenho que carregar tudo, até a pele do asno!
Cada vez que estendes tua mão para ajudar ao próximo, sem que notes estás, na realidade, ajudando a ti mesmo.
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O CAVALO, O BOI, O CÃO E O HOMEM
Quando Zeus criou o homem, só lhe concedeu uns poucos anos de vida. Porém o homem, pondo a funcionar sua inteligência, ao chegar o inverno, construiu uma casa e morou nela. Certo dia em que o frio era muito intenso, e a chuva começou a cair, não podendo o cavalo agüentar-se mais, chegou correndo onde estava o homem e lhe pediu abrigo.
Disse-lhe o homem que só o faria com uma condição: que lhe cedesse uma parte dos anos que lhe corresponderiam. O cavalo aceitou.
Pouco depois se apresentou o boi que tampouco podia sofrer no mau tempo. O homem disse o mesmo: que o admitia se desse certo número de anos. O boi cedeu uma parte e foi admitido. Por fim chegou o cão, também morrendo de frio e, cedendo uma parte de seu tempo de vida, obteve seu refúgio. E este é o resultado: quando os homens cumprem o tempo que Zeus lhes deu, são puros e bons; quando chegam aos anos pedidos ao cavalo são intrépidos e orgulhosos; quando estão nos do boi, se dedicam a mandar; e quando chegam a usar o tempo do cão, ao final de sua existência, tornam-se irascíveis e mal-humorados.
Descreve esta fábula as etapas do homem: infância inocente, juventude vigorosa, maturidade poderosa e velhice sensível.
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O CERVO E O CERVINHO
Disse um dia o cervinho ao cervo:
- Pai: és maior e mais veloz que os cães, e tens ainda uns chifres magníficos para te defender; por que foges deles?
O cervo respondeu, rindo:
- É certo o que me dizes, filho; mas não sei o que acontece, mas quando ouço o latido de um cão, imediatamente quero fugir.
Quando se tem um ânimo temeroso, não há razão que possa mudá-lo.
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A CERVA NA GRUTA DO LEÃO
Uma cerva que fugia de uns caçadores, chegou a uma gruta onde não sabia que morava o leão. Entrando nela para se esconder, caiu nas garras do leão. Vendo-se sem remédio, perdida, exclamou:
- Infeliz de mim! Fugindo dos homens, caí nas garras de um feroz animal.
Se tratas de sair de um problema, busca uma saída que não seja cair em outro.
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O CERVO, O MANANCIAL E O LEÃO
Agoniado pela sede, chegou um cervo a um manancial. Depois de beber, viu seu reflexo na água. Ao contemplar seus belos chifres, sentiu-se orgulhoso, porém ficou descontente por suas pernas serem fracas e finas. Enquanto assim pensava, apareceu um leão que começou a persegui-lo. Começou a correr e tomou grande distância, porque a força dos cervos está em suas pernas, e a do leão em seu coração. Enquanto corria, o cervo guardou a distância que o salvava; mas, ao entrar num bosque, seus chifres se engancharam nos ramos e, não podendo escapar, foi alcançado pelo leão.
A ponto de morrer, exclamou para si mesmo:
- Infeliz! Meus pés, que pensava me trairiam, foram os que me salvaram e meus chifres, nos quais colocava toda minha confiança, são os que me perdem.
Muitas vezes, a quem cremos mais indiferentes, são aqueles que nos dão a mão, enquanto os que nos adulam, quando precisamos, desaparecem.
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A RAPOSA E O LENHADOR
Uma raposa era perseguida por uns caçadores, quando viu um lenhador e suplicou que ele a escondesse. O homem então lhe aconselhou que entrasse em sua cabana.
De imediato chegaram os caçadores, e perguntaram ao lenhador se havia visto a raposa.
Coma voz ele disse que não, mas com sua mão disfarçadamente mostrava onde havia se escondido. Os caçadores não compreenderam os sinais da mão e se confiaram no que disse com as palavras.
A raposa, ao vê-los irem, saiu sem dizer nada.
O lenhador a reprovou porque, apesar de tê-la salvo, não agradecera, ao que a raposa respondeu:
--Agradeceria se tuas mãos e tua boca tivessem dito o mesmo.
Não negues com teus atos, o que pregas com tuas palavras.
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A FORMIGA
Diz uma lenda que a formiga atual era em outros tempos um homem que, consagrado aos trabalhos de agricultura, não se contentava com o produto de seu próprio esforço, senão que olhava com inveja o produto alheio e roubava os frutos de seus vizinhos.
Indignado Zeus pela avareza deste homem, transformou-o em formiga.
Porém ainda que tenha mudado de forma, não mudou seu caráter, pois até hoje percorre os campos e recolhe o trigo e a cevada alheios e os guarda para seu uso.
Ainda que aos malvados se lhes castigue severamente, dificilmente mudarão sua natureza.
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A MOSCA
Caiu uma mosca numa tigela cheia de carne. Estando a ponto de se afogar no molho, exclamou para si mesma:
- Comi, bebi e me banhei; pode vir a morte, não me importa agora.
Quando a morte se apresenta acompanhada de felicidade, se aceita sem queixas.
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A RAPOSA E AS UVAS
Estava uma raposa com muita fome e ao ver pendendo um cacho de deliciosas uvas de uma parreira, quis apanhá-los com sua boca.
Mas, não podendo alcançá-los, fez um muxoxo e disse:- Que importa... Estão verdes mesmo!
Nunca culpes os demais pelo que não és capaz de alcançar.
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O LENHADOR E A RAPOSA
Existia um lenhador que se levantava todos os dias às 6 da manhã e trabalhava o dia todo cortando lenha, só parava quando já era tarde da noite. Esse lenhador tinha um filhinho lindo de seis meses e uma raposa, que ele tratava como bicho de estimação. Todos os dias, quando saía para trabalhar, ele deixava a raposa tomando conta de seu filho e ao retornar via a raposa feliz com a sua chegada. Os vizinhos do lenhador lhe diziam sempre que a raposa era um animal selvagem, portanto não era um animal confiável e que, quando ela sentisse fome, iria comer a criança. O lenhador sempre retrucava aos seus vizinhos dizendo que isso era uma grande bobagem, que a raposa era sua amiga e jamais faria isso. Mas, os vizinhos insistiam:
-Lenhador, abra os olhos, a raposa vai comer seu filho. Quando ela sentir fome, vai comer seu filho!
Quando ela sentir fome, vai comer seu filho! Um dia, o Lenhador, muito exausto do trabalho e cansado dos comentários dos vizinhos, chegou em casa e viu a raposa sorrindo como sempre e com a boca totalmente ensangüentada... O Lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou uma machadada na cabeça da raposa...
Ao entrar no quarto desesperado, encontrou seu filho dormindo tranqüilamente no berço, e ao lado do berço uma cobra morta... O Lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.
Moral da História:
Se você confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito, siga sempre o seu caminho e não se deixe influenciar , mas principalmente nunca tome decisões precipitadas.
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A LEBRE E A TARTARUGA
Um dia uma tartaruga começou a contar vantagem dizendo que corria muito depressa, que a lebre era muito mole, e enquanto falava, a tartaruga ria e ria da lebre. Mas a lebre ficou mesmo impressionada foi quando a tartaruga resolveu apostar uma corrida com ela.
"Deve ser só de brincadeira!", pensou a lebre.
A raposa era o juiz e recebia as apostas. A corrida começou, e na mesma hora, claro, a lebre passou à frente da tartaruga. O dia estava quente, por isso lá pelo meio do caminho a lebre teve a idéia de brincar um pouco. Depois de brincar, resolveu tirar uma soneca à sombra fresquinha de uma árvore.
"Se por acaso a tartaruga me passar, é só correr um pouco e fico na frente de novo", pensou.
A lebre achava que não ia perder aquela corrida de jeito nenhum. Enquanto isso, lá vinha a tartaruga com seu jeitão, arrastando os pés, sempre na mesma velocidade, sem descansar nem uma vez, só pensando na chegada. Ora, a lebre dormiu tanto que esqueceu de prestar atenção na tartaruga. Quando ela acordou, cadê a tartaruga? Bem que a lebre se levantou e saiu zunindo, mas nem adiantava! De longe ela viu a tartaruga esperando por ela na linha de chegada.
Moral: Devagar e sempre se chega na frente.
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O ASNO E O VELHO PASTOR
Um Pastor observava tranqüilo seu Asno pastando em uma verde pradaria.
De repente ouviu ao longe os gritos de uma tropa inimiga que se aproximava rapidamente.
Ele rogou ao animal para que este corresse levando-o na garupa, o mais rápido que pudesse, a fim de que não fossem ambos capturados. O Asno com calma, falou:
- Por que eu deveria temer o inimigo? Você acha provável que o conquistador coloque em mim, além dos dois cestos de carga que carrego, outros dois?
- Não. - Respondeu o Pastor.
- Então - Disse o animal - contanto que eu carregue os dois cestos que já possuo, que diferença faz a quem estou servindo?
Autor: Esopo
Moral da História: Ao mudar o governante, para o pobre, nada muda além do nome do seu novo senhor.
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O BOI E A RÃ
Um Boi indo beber água num charco pisou em uma ninhada de rãs e esmagou uma delas.
A mãe das Rãs veio, e, dando pela falta de um dos seus filhos, perguntou aos seus irmãos o que havia acontecido com ele.
- Ele foi morto mãe; ainda a pouco uma grande besta com quatro enormes pés veio à lagoa e pisou em cima dele com sua pata que era rachada no meio.
A mãe, se inflou toda e perguntou:
- A besta era maior do que estou agora?
- Pare mãe, pare de se inflar - Disse o seu filho - e não fique aborrecida por tentar, eu lhe asseguro, você explodiria antes que conseguisse imitar o tamanho daquele Monstro.
Moral da História: Muitas vezes, coisas insignificantes, nos desviam a atenção do verdadeiro problema.
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O ASNO EM PELE DE LEÃO
Um Asno, tendo colocado sobre seu corpo uma pele de Leão, vagou pela floresta, e divertia-se com o pavor que provocava nos animais que ia encontrando pelo seu caminho.
Por fim encontrou uma Rapôsa, e tentou amedrontá-la também. Mas Rapôsa tão logo escuta o som de sua voz, exclama:
Eu provávelmente teria me assustado, se antes não tivesse escutado seu zurro.
Moral da História: Um tolo pode se esconder com belas roupas, mas suas palavras dirão a todos quem na verdade é.
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O CACHORRO E SUA SOMBRA
Um cachorro, ao cruzar uma ponte sobre um riacho carregando um pedaço de carne na boca, viu sua própria imagem refletida na água. Vendo isso, ele pensa que se trata de outro cachorro carregando um pedaço de carne maior que o seu.
Então ele larga seu pedaço, e disposto a tomar-lhe a carne que julgava ser maior que a sua, ferozmente se atira sobre o animal refletido na água.
Agindo assim êle perdeu ambos. Aquele que tentou pegar na água já que era apenas um reflexo, e o seu próprio, que ao cair no riacho foi arrastado pela correnteza.
Moral da História: Quem desiste do certo em troca de algo duvidoso é um tolo e duas vezes imprudente.
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O CARVALHO E OS JUNCOS
Um grande carvalho arrancado do chão pela força de forte ventania, foi arrastado rio abaixo pela correnteza. Levado pelas águas, ele cruza com alguns Juncos, e em tom de lamento diz:
Gostaria de ser como vocês, que de tão esguios e frágeis, não são de modo algum afetados por estes fortes ventos.
Eles responderam:
Você lutou e competiu com o vento, e conseqüentemente foi destruído. Nós ao contrário, nos curvamos diante do mais leve sopro de ar, e por esta razão permanecemos inteiros e a salvo.
Moral da História: Para vencer o mais forte, não devemos usar a força e sim a gentileza e a humildade.
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O CAVALO E SEU TRATADOR
Um zeloso Cavalariço (o empregado de uma cocheira), costumava passar dias inteiros limpando e escovando um cavalo que estava sob seus cuidados.
Entretanto, ao mesmo tempo, roubava os grãos de aveia destinados à alimentar o pobre animal, e os vendia para obter lucro.
Então se lamenta o cavalo:
Acho apenas que se o senhor de fato desejasse me ver em boas condições, me acariciava menos e me alimentava mais.
Moral da História: Devemos desconfiar daqueles que vivem promovendo sua própria austeridade.
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O CEGO E O FILHOTE DE LOBO
Um Cego de nascença possuia a habilidade de distinguir diferentes animais, apenas tocando-os com suas mãos.
Trouxeram-lhe então um filhote de Lobo, e colocando-o em seu colo, pediram que o apalpasse e depois dissesse que animal era.
Ele correu as mãos sobre o animal e estando em dúvida, disse:
Eu com certeza não sei se isto é o filhote de uma Raposa ou o filhote de um Lobo; mas de uma coisa eu tenho certeza, ele jamais seria bem vindo dentro de um curral de ovelhas.
Moral da História: As más tendências são mostradas já na primeira infância.
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O FILHOTE DE CERVO E SUA MAE
Certa vez um jovem Cervo conversava com sua mãe:
Mãe você é maior que um Lobo, é também mais veloz e possui chifres poderosos para se defender, por que então você tem tanto medo deles?
A Mãe amargamente sorriu e disse:
Tudo que você falou é verdade meu filho, mesmo assim quando eu escuto um simples latido de Lobo, me sinto fraca e só penso em correr o mais que puder.
Moral da História: Para a maioria das pessoas é mais cômodo conviver com seus medos e fraquezas, mesmo sabendo que são capazes de superá-los.
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O GALO E APEDRA PRECIOSA
Um Galo, que procurava no terreiro alimento para ele e suas galinhas, encontrou uma pedra preciosa de grande beleza e valor, e observando-a exclama:
Se ao invés de mim, teu dono tivesse te encontrado, ele decerto festejaria de tamanha alegria, e é quase certo que iria te adorar; no entanto eu te achei e de nada me serves. Antes preferiria ter achado um simples grão de milho, que todas as jóias do MUNDO!
Moral da História: A necessidade de cada um é o que determina o real valor das coisas.
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O GALO DE BRIGA E A ÁGUIA
Dois galos estavam disputando em feroz luta, o direito de comandar o galinheiro de uma chácara. Por fim um pôs o outro para correr.
O Galo derrotado afastou-se e foi se recolher num lugar sossegado.
O vencedor, voando até o alto de um muro, bateu as asas e exultante cantou com toda sua força.
Uma Águia que pairava ali perto, lançou-se sobre ele e com um bote certeiro levou-o preso em suas poderosas garras.
O Galo derrotado saiu do seu canto, e daí em diante reinou absoluto livre de concorrência.
Moral da História: O orgulho e a arrogância é o caminho mais curto para a ruína.
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O GATO E O GALO
Um gato capturou um galo, e ficou imaginando como achar uma desculpa, qualquer que fosse, para que seu desejo de devorá-lo fosse justificado.
Acusou ele então de causar aborrecimentos aos homens, já que cantava à noite e não os deixava dormir.
O galo se defendeu dizendo que fazia isso em benefício dos homens, e assim eles podiam acordar cedo para irem ao trabalho.
O gato respondeu; "Apesar de você ter uma boa desculpa eu não posso ficar sem jantar." E assim comeu o galo.
Moral da História: Quem é mau caráter, sempre vai achar uma desculpa para legitimar suas ações.
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O LADRÃO E O CÃO DE GUARDA
Um ladrão veio à noite para assaltar uma casa. Ele trouxe consigo vários pedaços de carne, para que pudesse acalmar um feroz Cão de Guarda que vigiava a casa. A carne serviria para distraí-lo, de modo que não chamasse a atenção do seu dono com latidos.
Assim que o ladrão jogou os pedaços de carne aos seus pés, o Cachorro disse:
Se você estava querendo calar minha boca, cometeu um grande erro.
Tão inesperada gentileza vinda de suas mãos, apenas serviram para me deixar ainda mais atento. Sei que por trás dessa cortesia sem motivo, você deve ter algum interesse oculto para beneficiar a si mesmo e prejudicar meu dono.
Moral da História: Gentilezas inesperadas é a principal característica de uma pessoa com más intenções.
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O LEÃO APAIXONADO
Um Leão, pediu a filha de um lenhador em casamento. O Pai, mesmo contrariado mas com medo do Leão, viu que podia se aproveitar da ocasião para livrar-se desse problema.
Ele disse que concordaria em tê-lo como genro, mas com uma condição; Este deveria deixar-lhe arancar suas unhas e dentes, pois sua filha tinha muito medo de ambos.
Feliz da vida o Leão concordou. Feito isso, ele tornou a fazer seu pedido, mas o lenhador, que já não mais o temia, pegou um cajado e expulsou-o de sua casa, mandando-o de volta para a floresta.
Moral da História: Para resolvermos um problema, devemos primeiro conhece-lo bem, depois poderemos enfrentá-lo.
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O LEÃO E O RATO
Um Leão, que dormia sossegado foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. Com um bote ágil ele o capturou, e estava pronto para matá-lo, quando o Rato suplicou:
Ora, se o senhor me poupasse, tenho certeza que poderia um dia retribuir sua bondade. Rindo por achar rídícula a idéia, ele resolveu libertá-lo.
Aconteceu que, pouco depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Preso ao chão, amarrado por fortes cordas, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou, roeu as cordas e libertou-o dizendo:
O senhor riu da idéia de que eu jamais seria capaz de ajudá-lo. Nunca esperava receber de mim qualquer favor em troca do seu; Mas agora sabe, que mesmo um pequeno Rato é capaz de retribuir um favor a um poderoso Leão.
Moral da História: Os pequenos amigos podem se revelar os melhores aliados.
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O LEÃO E OS TRES TOUROS
Três touros, amigos desde longa data, pastavam juntos e tranquilos no campo.
Um Leão, escondido no mato, espreitava-os na esperança de fazer deles seu jantar, mas receava atacá-los enquanto estivessem em grupo.
Finalmente, por meio de ardilosas e traiçoeiras palavras, ele conseguiu criar entre eles a discórdia e separá-los.
Assim, tão logo eles pastavam sozinhos, atacou-os sem medo algum, e um após outro, foram devorados sempre que sentia fome.
Moral da História: União é força.
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A LEBRE E O CÃO DE CAÇA
Um Cão de caça, depois de obrigar uma Lebre a sair de sua toca, e depois de uma longa perseguição, de repente parou a caçada.
Um Pastor de Cabras vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo:
Aquele pequeno animal é melhor corredor que você.
E o Cão de caça responde:
Você não vê a diferença que existe entre nós: Eu estava correndo apenas para conseguir um jantar, mas ele, corria por sua Vida.
Moral da História: O motivo pelo qual realizamos uma tarefa, é o que vai determinar sua qualidade final.
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O LOBO E A GARÇA
Um Lobo, ao se engasgar com um pedaço de osso, prometendo uma grande soma em dinheiro, contratou uma Garça, para que esta colocasse a cabeça dentro da sua goela, e de lá pudesse retirá-lo.
Quando a Garça retirou o osso e pediu o pagamento combinado, o Lobo, rosnando feroz, exclamou:
Ora, Ora! Você já foi devidamente recompensada. Ao ser permitido que sua cabeça saisse a salvo de dentro da boca de um Lobo, você foi muito bem paga.
Moral da História: Ao servir a alguém de má índole, não espere recompensas, e ainda agradeça caso vire as costas e vá embora sem lhe fazer mal algum.
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O CERVO DOENTE
Um Cervo doente e incapz de andar, repousava quieto em um pequeno pedaço de pasto fresco.
Seus companheiros, vieram então em grande número para saber de sua saúde, e cada um deles, servia-se à vontade da escassa grama daquele reduzido pasto, que lá estava para seu próprio sustento.
Assim ele morreu, não da doença da qual padecia, mas por falta de alimento.
Moral da História: As más companhias sempre trazem mais infortúnios que alegrias.
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O LOBO E A OVELHA
Um lobo, muito ferido por mordidas de cachorros, repousava doente e muito machucado em sua toca.
Como estava com fome, ele chamou uma ovelha que ia passando por perto, e pediu-lhe para trazer um pouco da água de um regato que corria ao lado dela.
Assim, - falou o lobo - se você me trouxer água, eu ficarei em condições de conseguir meu próprio alimento.
Claro, - respondeu a ovelha - se eu levar água para você, sem dúvida eu serei parte desse alimento.
Moral da História: As palavras de um hipócrita são fáceis de reconhecer.
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O CÃO RAIVOSO
Um cachorro costumava atacar de surpresa, e morder os calcanhares de quem encontrasse pela frente.
Então, seu dono pendurou um sino em seu pescoço, pois assim podia alertar as pessoas de sua presença, onde quer que estivesse.
O cachorro cresceu orgulhoso, e vaidoso do seu sino, caminhava tilintando-o pela rua.
Um velho cão de caça então lhe disse:
Por quê você se exibe tanto? Este sino que carrega, acredite, não é nenhuma honraria, mas antes disso, uma marca de desonra, um aviso público para que todas as pessoas o evitem por ser perigoso.
Moral da História: Engana-se quem pensa que ser notório é ser honrado.
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O CORVO E O JARRO
Um Corvo que estava sucumbindo de tanta sêde, encontrou um Jarro, e na esperança de achar água dentro, vôou até lá com muita alegria.
Quando o alcançou, descobriu para sua tristeza, que o Jarro continha tão pouca água em seu interior, que era impossível tirá-la de dentro.
Ele tentou de tudo para alcançar a água que estava dentro do Jarro, mas como seu bico era curto demais, todo seu esforço foi em vão.
Por último ele pegou tantas pedras quanto podia carregar, e uma a uma colocou-as dentro da Jarra. Fazendo isso, logo o nível da água ficou ao seu alcance do seu bico, e desse modo ele salvou sua vida.
Moral da História: A necessidade é a mãe de todas as invenções.
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O LEÃO, O URSO E A RAPOSA
Um Leão e um Urso capturaram um cervo, e em feroz luta, disputavam pelo direito de posse da presa.
Após terem lutado bastante, cansados e feridos, eles cairam no chão completamente exaustos.
Uma Raposa, que estava nas redondezas, a uma distância segura observando a tudo, vendo ambos caidos no chão, e o cervo abandonado entre eles, correu entre os dois agarrou-o e desapareceu no meio do mato.
O Leão e o Urso vendo aquilo, mas incapazes de impedir, disseram:
Ai de nós, que nos ferimos um ao outro apenas para garantir o jantar da Raposa!
Moral da História: Algumas vezes acontece de alguém fazer todo trabalho pesado, e outro levar todo o lucro.
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O LEÃO E O RATINHO
Alguns ratinhos brincavam de esconder. O menor deles saiu correndo em busca de esconderijo onde ninguém o encontrasse. Viu algumas rochas e ficou muito alegre por encontrar também uma caverna. Só muito tarde percebeu que a rocha era um leão dormindo, e que a caverna era a boca aberta do leão.
O felino ficou muito bravo por ter sido acordado e disse que iria castigar tanto atrevimento. O ratinho pediu desculpas.
- Prometo que isso não vai acontecer nunca mais.
O leão perdoou o ratinho. Alguns dias depois acordou novamente com os guinchos e as correrias, pensou: "vou dar uma lição nesses ratinhos, e se os pais deles não gostarem, morrerão também."
Acontece que os caçadores esperavam por ele há vários dias. Quando ele passou debaixo de uma árvore, jogaram a rede e o prenderam.
Ele fez de tudo para sair mas foi impossível. Os caçadores deixaram o leão na rede e foram avisar seus companheiros. O leão lutou muito tempo, e seus rugidos estremeceram a floresta. Depois, cansado, ficou triste. Sabia que os homens iriam matá-lo ou então o levariam para algum zoológico bem longe.
Passado algum tempo, o Leão ouviu uma voz junto de seu ouvido.
Era o Ratinho

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