terça-feira, 25 de maio de 2010

TRAUMAS DE INFÂNCIA!

Eis a explicação para nossos traumas...
>Muuuuuuuuuuuito boa.
>
>Eu, um Brasileiro morando nos Estados Unidos da América, para ajudar no
>orçamento, estou fazendo "bico" de babá. Ao cuidar de uma das meninas uma
>vez cantei "Boi da cara preta" para ela, antes dela dormir. Ela adorou e
>essa passou a ser a música que ela sempre pede para eu cantar ao colocá-la
>para dormir.
>
>Antes de adotarmos o "boi, boi, boi" como canção de ninar, a canção que
>cantávamos (em Inglês) dizia algo como:
>
>Boa noite, linda menina, durma bem.
>Sonhos doces venham para você,
>Sonhos doces por toda a noite."
>
>Que lindo, né mesmo!?
>
>Eis que um dia Mary Helen me pergunta o que as palavras, da música Boi da
>cara preta" queriam dizer em Inglês.
>
>Boi, boi, boi, boi da cara preta, pega essa menina que tem medo de Careta...
>(???)
>
>Como eu ia explicar para ela e dizer que, na verdade, a música "boi Da cara
>preta" era uma ameaça, era algo como "dorme logo, senão o boi vem te comer"?
>
>
>Como explicar que eu estava tentando fazer com que ela dormisse com uma
>música que incita um bovino de cor negra a pegar uma cândida menina?
>
>Claro que menti para ela, mas comecei a pensar em outras canções Infantis,
>pois não me sentiria bem ameaçando aquela menina com um boi toda noite...
>Que tal! "nana neném que a cuca vai pegar..."?
>
>Caramba!... Outra ameaça!
>
>
>Agora com um ser ainda mais maligno que um boi preto!
>Depois de uma frustrante busca por uma canção infantil do folclore
>Brasileiro que fosse positiva me deparei com a seguinte situação:
>
>O brasileiro tem é trauma de infância!!!! Trauma causado pelas canções
>infantis!!!!
>
>Exemplificarei minha tese:
>
>Atirei o pau no gato-to-to
>
>Mas o gato-to-to não morreu-reu-reu
>Dona Chica-Ca-Ca admirou-se-se.
>Do berrô, do berrô que o gato deu Miaaau!
>
>
>Para começar, esse clássico do cancioneiro infantil é uma demonstração clara
>de falta de respeito aos animais (pobre gato) e incitação à violência e a
>crueldade. Por que atirar o pau no gato, essa criatura tão indefesa? E para
>acentuar a gravidade, ainda relata o sadismo dessa mulher sob a alcunha de
>"D.Chica".
>Uma vergonha!
>
>Eu sou pobre, pobre, pobre,
>De marré, marré, marré.
>Eu sou rica, rica, rica,
>De marré de si.
>
>Colocar a realidade tão vergonhosa da desigualdade social em versos tão
>doces!! É impossível não lembrar do amiguinho rico da infância com um
>carrinho fabuloso, de controle remoto, e você brincando com seu carrinho de
>plástico... Fala sério!!!
>
>
>Vem cá, Bitu! Vem cá, Bitu!
>Vem cá, meu bem, vem cá!
>Não vou lá! Não vou lá, Não vou lá!
>Tenho medo de apanhar.
>
>Quem foi o adulto sádico que criou essa rima? No mínimo ele Espancava o
>pobre Bitú.....
>
>
>Marcha soldado, cabeça de papel!
>Quem não marchar direito, Vai preso pro quartel.
>De novo, ameaça! Ou obedece ou você vai se fu... Não é à toa que
>O brasileiro admite tudo de cabeça baixa...
>
>A canoa virou,quem deixou ela virar,
>Foi por causa da (nome de pessoa) Que não soube remar.
>
>Ao invés de incentivar o trabalho de equipe e o apoio mútuo, as
>crianças brasileiras são ensinadas a dedurar e a condenar um
>semelhante.
>
>
>Bate nele, mãe!
>
>
>Samba-lelê tá doente,
>Tá com a cabeça quebrada.
>Samba-lelê precisava
>É De umas boas palmadas.
>
>
>A pessoa, conhecida como Samba-lelê, encontra-se com a saúde
>Debilitada e necessita de cuidados médicos. Mas, ao invés de
>compaixão e apoio, a música diz que ela precisa de palmadas!
>
>Acho que o Samba-lelê deve ser irmão do Bitú!!!...
>
>
>O anel que tu me deste
>Era vidro e se quebrou.
>O amor que tu me tinhas
>Era pouco e se acabou...
>
>Como crescer e acreditar no amor e no casamento depois de ouvir
>essa passagem anos a fio???
>
>
>O cravo brigou com a rosa
>Debaixo de uma sacada;
>O cravo saiu ferido
>E a rosa despedaçada.
>O cravo ficou doente,
>A rosa foi visitar;
>O cravo teve um desmaio,
>A rosa pôs-se a chorar.
>
>
>Desgraça, desgraça, desgraça!
>
>
>E ainda incita a violência conjugal (releia a primeira estrofe).
>Precisamos lutar contra essas lembranças, meus amigos! Nossos
>Filhos merecem um futuro melhor!
>
>Ah!!! você esqueceu desta:
>Passa, passa três vezes... A última que ficar tem mulher e filhos que não
>pode sustentar...
>
>Aí começa o desemprego.
>
>
>É pra rir ou pra chorar?

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