segunda-feira, 1 de outubro de 2012

À descoberta de uma ciência oculta:

 O ouro dos alquimistas

Transformar o chumbo, ou outra matéria, em ouro! Quem nunca sonhou! Os alquimistas fizeram-no outrora e ainda o fazem. Entenda que o objetivo dos alquimistas não é produzir ouro para enriquecerem e adquirir bens materiais. A transformação do chumbo em ouro é, para eles, um simples meio de se elevar espiritualmente e de atingir níveis de consciência superior. Eles procuravam ver além das aparências e aceder às riquezas que eles consideravam mais importantes que a riqueza material: a elevação espiritual, a aquisição ou o desenvolvimento de poderes.

A imagem habitual que temos de um alquimista é de um homem vestindo roupas da Idade Média, próximo de um forno, tentando transformar o chumbo em ouro (ver imagem abaixo). Essa imagem é ao mesmo tempo verdadeira e falsa!


É verdade que a imagem dos alquimistas está fortemente impregnada de símbolos medievais, pois foi neste período da história que os alquimistas começaram efetivamente a ser conhecidos. Nessa época, o seu exterior correspondia a essa imagem. Porém, outros alquimistas existiram em outras tradições, em outras partes do mundo, que ficaram conhecidos pelas suas tentativas de transformar chumbo em ouro.



As origens da Alquimia

A alquimia é uma verdadeira ciência no verdadeiro sentido da expressão. Ela possui fortes laços com as ciências físicas, na medida em que a alquimia tem por objetivo o estudo das transformações físicas da matéria.


A ciência alquímica, rodeada de mistérios, se interessa pelo metal mais precioso de todos os tempos e que tem desde sempre a melhor das reputações: o ouro!


A alquimia está firmemente ancorada na ciência desde tempos imemoriais porque ela estuda as propriedades da matéria. Diz-se que ela está na origem da química moderna. É também chamada de ciência hermética ou hermetismo, pois baseia-se também em considerações particulares que a classificam como uma ciência e um caminho de desenvolvimento pessoal. A transformação do chumbo em ouro não é, de fato, uma finalidade, mas sim um meio de alcançar uma elevação espiritual.


O termo «alquimia» vem de uma palavra árabe «al kimia» que designa a pedra filosofal, grande objeto de pesquisa alquimista.


A palavra «alquimia» apareceu na língua francesa no século XIV passando para o espanhol e para o latim medieval. As correspondências entre a alquimia e a química são tão fortes que as duas palavras foram sempre confundidas até à aparição da química moderna no século XVIII.


Porém, a alquimia remonta à raízes bem mais antigas do que as árabes. De fato, encontram-se práticas alquímicas na China antiga desde o século IV e alguns dizem até que ela remonta a 4500 anos antes de Cristo.



A descoberta da pedra filosofal


De fato, o fundamento da alquimia é a pesquisa da pedra filosofal ou como encontrar o segredo fabuloso que permitiria transformar os metais mais vis, fosse o chumbo ou outro, em um metal precioso, em geral o ouro, mas também poderia ser dinheiro.


Os alquimistas procuram o procedimento secreto que permite fabricar essa famosa pedra filosofal. Eles chamam a essa pesquisa: a Grande Obra.


A pesquisa da Pedra Filosofal, ou como transformar o chumbo em uma obra é a primeira etapa ou primeiro nível da demanda alquímica.


A um nível superior existem ensinamentos em numerosos livros de iniciação alquímica. Trata-se, sobretudo, de uma elevação e de uma transformação da alma em seu estado habitual para um nível espiritual mais elevado.


Outra escola alquímica, a Ars Magna, procura uma transformação do alquimista em uma espécie de super-homem com poderes quase ilimitados.



Um setor médico


Todas essas escolas alquímicas (a primeira procurando transformar o chumbo em ouro ou dinheiro, a segunda tendo como aspiração a elevação da alma e finalmente, a terceira querendo fabricar uma espécie de super-homem), não deverão fazer esquecer uma quarta via alquímica, dita médica, que procura encontrar meios químicos para curar as doenças e os problemas físicos. É aí que a medicina alquímica se torna também em um dos precursores da medicina química moderna.


Foi desse modo que a alquimia árabe se tornou conhecida no mundo ocidental, através da fabricação de elixires para curar as doenças. A diferença entre a medicina química moderna é que a medicina alquímica só utiliza produtos de origem natural, enquanto a primeira utiliza, de uma forma geral, matérias químicas fabricadas artificialmente.


Até á Idade Média e à sua descoberta pelo Ocidente, a medicina árabe era, graças à Alquimia, uma das melhores medicinas do mundo.



A Alquimia de Paracelso


Um dos grandes nomes da Alquimia é, sem qualquer dúvida, Paracelso. Nascido na Suíça, em 1493, e falecido na Áustria em Salzburgo, em 1541. Ele é a síntese do que deve ser um alquimista porque também é médico e místico.



 
Paracelso foi um médico brilhante e uma autoridade no campo da medicina através das plantas. Sua genialidade encontra-se condensada no seu Volumen medicinae paramirum, onde ele descreve cinco técnicas terapêuticas: as plantas contrárias, as ervas e raízes semelhantes, o verbo (a palavra), os medicamentos e a fé. Ele determinou também cinco origens para as doenças: os envenenamentos ou infecções, os acidentes climáticos e cósmicos, as doenças mentais, os males crônicos e, finalmente, a ação divina.

Paracelso foi um dos mais brilhantes alquimistas de todos os tempos. Ele praticava uma medicina alquímica ou hermética. Para ele, o importante não era procurar a Pedra Filosofal, mas sim remédios para curar as doenças dos homens. Para Paracelso, o objetivo da alquimia era procurar a quintessência ou princípio essencial de uma planta para que ela fosse eficaz com uma pequena dose. Ele foi também o precursor da homeopatia.

 



5Contos insólitos: A Terra é um ser vivo
As últimas catástrofes climáticas levam-nos a fazer muitas perguntas sobre o nosso comportamento em relação à Terra e à nossa responsabilidade para com ela. Está provado que muitos dos desastres naturais são culpa do Homem. Para alguns, os momentos coléricos da Terra são a forma que ela tem de castigar os homens pelo mal que eles lhe fazem. Se alguns brincam com essa teoria, a maioria das religiões e civilizações tradicionais a encara com muita seriedade, incluindo alguns cientistas e não são poucos!

Com a teoria do aquecimento global, é sabido publicamente, e ninguém ousa contestar, que o Homem tem um papel preponderante na deterioração do clima e no aumento das temperaturas.


Em particular, a poluição e a atividade industrial são as maiores responsáveis pela degradação das condições de vida no nosso planeta. Os estados, mas também os indivíduos, devem fazer o máximo para evitar uma catástrofe planetária, para evitar o desaparecimento de todas as formas de vida sobre a Terra. Essa é uma das maiores apostas deste século.



Se a ideologia do aquecimento global é unanimemente reconhecida, sabendo que o Homem pode mudar o clima terrestre e sofrer as consequências, porque não pode o inverso também ser verdade?
 Poderá a Terra manifestar o seu descontentamento provocando catástrofes climáticas para punir o Homem e fazê-lo sentir a dor que ela também sente por causa das agressões humanas repetidas?


A Terra é um ser vivo


Essa hipótese defende que a Terra tem uma consciência e sente a dor tal como qualquer ser humano ou cada animal. Em algumas tradições, mesmo os minerais são sensíveis ao seu ambiente!


Todas as sociedades tradicionais e numerosas religiões reconhecem esse ponto de vista e nos aconselham a tratar a Terra de forma equilibrada, tendo em conta sua consciência. A forma mais simples é respeitá-la e refletir sempre sobre os nossos atos antes de fazer qualquer ação que possa prejudicá-la.


Em várias tradições (xamanismo, civilização celta, sociedades nórdicas, ameríndios, africanos, etc.) e religiões, como o budismo, o hinduísmo, a Terra é um grande organismo vivo formado pela soma de todas as formas de vida existentes na sua superfície.


Será mais justo dizer que todas as formas de vida são manifestações da grande consciência da natureza.



Os espíritos da natureza


Para as sociedades tradicionais, como o xamanismo, as tribos ameríndias e o druidismo, entre outras, cada forma de vida (animal, humana, vegetal ou mineral), possui uma consciência que se manifesta de uma forma bem diferente da consciência humana.


Evidentemente, não veremos nunca uma árvore andar ou um animal falar (segundo alguns contos tradicionais, antigamente isso era possível).


Na mesma ótica, numerosos investigadores nas ciências parapsicológicas provaram que os animais tinham uma consciência e que os vegetais podiam reagir a solicitações exteriores.


Essas hipóteses encontram certa confirmação pela ciência que provou, há muito tempo, por exemplo, que os animais não eram simples mecanismos e adaptavam-se ao seu ambiente em caso de necessidade.


Desse modo, vimos os macacos aprenderem a nadar para procurar alimento no mar, quando eram afastados do seu meio natural pelo desmatamento, eles se refugiavam no litoral e nas praias, na Ásia por exemplo.


As plantas são também capazes de contornar os obstáculos como muros, para que suas raízes fiquem nos cursos de água dos quais foram separadas.


Esses comportamentos de adaptação, observados, muitas vezes, por biólogos, provam que todas as formas de vida sobre a Terra têm uma consciência e não são simples objetos inanimados e passivos.


Da mesma forma, para as tradições e religiões mencionadas, muitos espíritos da natureza (duendes, fadas, elfos, goblins, etc.) povoam a natureza e contribuem para a sua sobrevivência. Eles são também os portadores dessa consciência da Terra. Algumas pessoas são capazes de vê-los. Existem até fotos de fadas e outros espíritos da natureza que se revelaram sem truques! Para grande desespero dos cientistas!



A hipótese Gaia


Todas essas crenças poderiam ter passado por delírios ou absurdos junto da comunidade científica se alguns investigadores, dos mais sérios e qualificados, não tivessem seguido de perto esses... contos de fadas!


Em 1970, as declarações de um ecologista inglês, James Lovelock, tiveram o efeito de uma verdadeira bomba. Ele anunciou sua hipótese biogeoquímica mais conhecida com o nome «a hipótese Gaia», que era o nome da deusa que simbolizava a Terra na Grécia Antiga, que acreditava firmemente nesse princípio há muitos séculos, como os Romanos mais tarde.

James Lovelock declarou, há 42 anos, que (cito): «A Terra é um sistema fisiológico dinâmico que inclui a biosfera e mantém o nosso planeta há mais de três bilhões de anos em harmonia com a vida»!


Muitos cientistas tradicionalistas e defensores da ciência pura e dura fizeram um escândalo e tentaram ridicularizar essa teoria e seu autor. Em vão, pois nunca mais puderam provar que isso era falso.


Muitos cientistas anteriores a James Lovelock já tinham avançado que a Terra era um organismo vivo, como Johannes Kepler (1571 – 1630), o famoso astrônomo, ou Leonardo da Vinci (1452- 1519) que comparava o funcionamento da Terra ao do nosso corpo.



A Terra se regula a si mesma


De acordo com a hipótese Gaia de James Lovelock, todos os seres vivos na superfície da Terra formariam um vasto organismo que seria capaz de se autorregular e de agir contra uma ameaça de vida no planeta.


As catástrofes climáticas seriam reações desse imenso organismo para estabelecer o equilíbrio perdido. Porém, esse desequilíbrio não é unicamente causado pelo homem, mas também pelos fenômenos naturais onde o Homem não tem responsabilidade, como as erupções vulcânicas, os tremores de terra, os tsunamis.


Todas as catástrofes podem causar desequilíbrios como o que acontece em qualquer organismo vivo, como o nosso corpo que está sempre com um equilíbrio instável. Todavia, elas podem também ser reações da Terra para castigar o homem pela sua conduta ou fazê-lo tomar consciência de que ele está agindo mal e deve refletir sobre seu comportamento.

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